Cronologia 50 Anos

1958 – VENTO FORTE PARA PAPAGAIO SUBIR/
          A PONTE
Um grupo de estudantes de Faculdade de Direito da USP
funda, no Teatro Espírita Novos Comediantes, a Cia Teatro Oficina
“ Vocês não percebem que estão todos mortos?
 Vou abrir bem os meus braços,
 me lançar por esse espaço
 a ventar, a ventar”

1959 – A INCUBADEIRA / AS MOSCAS
“ Somos frágeis. Temos um medo terrível
  Somente suportamos a existência
  com a condição de permanecermos
  dentro de uma Incubadeira.
  Mas essa incubadeira tem vidros
  e é impossível evitar que se veja”

1960 – FOGO FRIO /  A ENGRENAGEM
Parida pelo Vento Forte e saída da Incubadeira a Companhia entra na Engrenagem:
“Se não tocarmos na estrutura
 da Engrenagem Imperialista,
 não  teremos tocado em nada,
 e nada mudará.”

1961 – A VIDA IMPRESSA EM DOLAR
de Clifford Odets –com Eugenio Kusnet, Celia Helena, Fauzi   Arap, Renato Borghi, Ronaldo Daniel, Etty Frazer, na busca de Stanislavski e da prática da interpretação de quebrar os clichês do Actor’s Studio. 
16 de Agosto de 1961. Dia de Omulú. Inauguração do Teatro Oficina. A Censura proíbe a peça e o prédio de funcionar como um teatro, um dia depois da estréia.
Reentramos com a Saída de Janio Quadros na Renúncia .

1962 – UM BONDE CHAMADO DESEJO
 de Tenesse Willians. Direção de Augusto Boal, com a grande Maria Fernanda vivendo Blache Du Bois, Mauro Mendonça vivendo Kowalski e Celia Helena, Stella. A Arquitetura Cênica toma toda verticalidade do espaço de Flavio Império.

TODO ANJO É TERRÍVEL
 do Poeta Anunciador da Beat Generation  Thomas Wolf,  com Madame Morineau

QUATRO NUM QUARTO
Chanchada Soviética de Kataiev, um dos maiores sucessos de bilheteria do Oficina de todos os tempos.
O  anúncio de Divulgação :  uma cama de casal com quatro atores sob lençóis com os pés descalços de fora: Celia Helena, Ronaldo Daniel, Rosa Maria Murtinho, Renato Borghi.
Direção de Maurice Vaneau 

Criação do Studio de Interpretacão Eugênio  Kusnet, onde atores profissionais iam mostrar cenas em que tinham dificuldes, nas peças que faziam, e estudantes de Teatro como por exemplo Dina Sfatt. Os atores todos participavam da Arte da critica das cenas num tempo em que o ego dos atores  era superado pela paixão pela Arte da Interpretação, e o fato do ator colocar-se como um Objeto–Sujeito de Estudos pra si e pra todos os colegas.

1963 – PEQUENOS BURGUESES
de Máximo Gorki, com direção de Zé Celso. Mais de 1000 apresentações, encontro do buscado: A Arte de Stanislavski em Brasileiro .

“ Eu gosto de trabalhar na forja. Golpear com o martelo, é um gozo! Ela cospe fogo. Como se quisesse queimar meus olhos… me cegar, me expulsar. Ela é viva…”

1964 – PEQUENOS BURGUESES
“ Quando você estiver morto, seu filho vai reformar alguma coisa deste estábulo…vai mudar os móveis de lugar…e vai viver como você vive agora…tranquilo, razoável, acomodado…”
Em 1º de Abril é dado o GOLPE MILITAR no Brasil. A peça é retirada de cartaz e somente volta meses depois sem o Hino que a encerrava:  “A Internacional “
Ensaiava-se na época Pena que ela seja uma Puta, This Pitty she is a whore de John Ford, uma Parodia Tragicômica Orgyástica  de “ Romeu e Julieta”, da primeira Geração Elizabetana depois de Shakespeare.
Montagem impedida pelo Golpe de 64.
Entra em cartaz :

1965 – TODA DONZELA TEM UM PAI QUE É UMA FERA
de Glaucio Gil, com Tarcisio Meira encabeçando o elenco. Grande Sucesso de Bilheteria que pôde ser investido em dinheiro para a fuga dos bodes perseguidos pelos militares.
A camuflagem da camuflagem.

ANDORRA de Max Frisch 
Trazia o Oficina para o Teatro Épico Brechtiano, numa versão toda em Preto e Branco, com Direção de Arte e Arquitetura Cênica de Flavio Império avançando cada vez mais nas possibilidades do Teatro Sanduiche. Renato Borghi ganha o Premio Moliére de Melhor Ator. Participação especial de Madame Morineau .
“Quando se tem mais medo da mudança do que da desgraça, cria-se, para não mudar, um Bode Expiatório “

 

 

1966 – OS INIMIGOS
de Maximo Gorki, realizada no TBC com atores na maioria de TV e o elenco do Oficina, como réplica aos inquéritos militares que buscavam a caça aos comunistas.
“ O que eu quero é tremer de medo, de alegria, o que eu quero é um texto cheio de fôlego, de verdade, de cólera…palavras afiadas como punhais, queimando como uma tocha…”
 O Teatro Oficina é incendiado pelo terrorismo dos grupos para-militares.

1967 – O REI DA VELA
de Oswald Andrade. Direção de Zé Celso com Cenários e Figurinos de Helio Eichbauer, revolucionando todo Imagiário Brasileiro, libertando a origem do teatro da lavagem cerebral do Padre Anchieta e remetendo-o ao elo perdido do Rito Sagrado da Antropofagía dos Indios do Brasil.
Novo Teatro é erguido com projeto de  Flávio Império.
 “Somos da crise, se ela vier, bananas para quem quiser.
  Yes, nós temos bananas”

1968 – RODA VIVA / GALILEU GALILEI
de Chico Buarque de Holanda. Direção de Zé Celso. Cenários e Figurinos Rituais de Flavio Império. Descoberta de todo espaço cênico como área de atuação e retomada do contacto físico com o público, como no Carnaval, no Candomblé e na Umbanda.
Invasão e Retorno do Coro Pagão Grego ao Teatro, no Mundo e no Brasil.
“ Quem não gostou dessa peça, saia daqui! Diga horrores!
   Nos divertimos a beça, e tomem flores, flores, flores.
   Flores a los muertos! Amor”
No dia 13 de dezembro instaura-se no Brasil o AI-5, e o Teatro Oficina estréia Galileu Galilei, de Bertold Brecht, atrás das grades, com o Coro preso, sem poder olhar para platéia:
“ Galileu Galilei descobre que não há mais céu
   Não há, não há mais Céu
   Não há, não há mais Céu
   Não há, não há mais Céu”
Misturam-se o Coro de Roda Viva
e os Protagonistas de O Rei da Vela.

1969 – NA SELVA DAS CIDADES
do Jovem Bert Brecht
Primeira parceria de Lina Bardi com Zé Celso e o Oficina, onde um Ringue de Boxe é montado e todas as instituições vão sendo instaladas caprichosamente e destruídas, até se destruir o chão do ringue, e se chegar as terras da Rua Jaceguay 520. Dá-se início aos Estudos de : O sertões que Lina Bardi dizia ser é aqui, nesta Terra  do Chão  do Teatro. Começa a destruição do bairro do Bixiga, para a construção do Minhocão. Lina Bo Bardi apanha árvores  gigantescas derrubadas para a  contrução do Minhocão e traz para o Ringue, em cabos de aço, relevantadas e depois desmoranadas. Cena que inspirou Caetano Veloso de nos chamar de OFICINA DE FLORESTAS, dando início ao projeto hoje de Área Verde para todo Bixiga no projeto do Anhangabaú da Feliz Cidade. Lina  e o artista plástico baiano Ednysio criam os figurinos e estruturas cênicas  com pêlos de bichos, ossos e lixo dos escombros do minhocão: pedras preciosas de cimento. E uma máquina enorme fabricando cimento e despejando-o na Cena ainda mole. 
Ítala Nandi como Maria Garga é o primeiro nú frontal do teatro brasileiro.
“A natureza fez a pele do homem fina demais para o mundo em que ele vive, e é por isso que o homem sofre tanto para fazer ela ficar mais grossa”

1970 – PRATA PALOMARES
filme de Andre Farias, com participação do Teatro Oficina, em que Zé Celso é posto fora no meio da Filmagem por disputas que espelhavam o fim do Foquismo, da Luta Armada e do Castrismo  e o fortalecimento dos Coros Pagãos Malucos.
DOM JUAN de Moliére , direção  de Fernando Peixoto, primeiro com Guarnieri depois com Raul Cortez.

No Final de 1970 – Ano do Silêncio- o Coro de Roda Viva, de Galileu e os Protagonistas do Oficina se trancam por um mês dentro do Teatro Oficina para saírem da repressão  desproporcional que tenta,  por lavagem cerebral e tortura, dobrar a alma-corpo revolucionária dos anos 60. É preciso reaprender a Lição de Voltar a Querer, a Revolição. Ativar o desejo, a Pulsão revolucionária, quase massacrada pelo regime imposto ao Brasil e a toda America Latina. O TEATRO passa dar ênfase ao ATO, ao TEATO – hoje TEAT(r)O.

1971- UTROPIA
Chegada do Living Theatre ao Brasil, a convite de Zé Celso e Renato Borghi para realizar um trabalho coletivo, com o Oficina e o Grupo Lobos da Argentina, que pretendia correr toda a América do Sul ao Norte .
Projeto não relizado inteiramente. O Living Theatre se instala em Minas Gerais e o Grupo Oficina Brasil sai em Viagem com suas peças de maior sucesso nas capitais, investindo no Trabalho clandestino nos sertões e agreste do nordeste   Brasileiro.

1972 – GRACIAS SEÑOR
Criação Coletiva do Oficina com Espaço Cênico criado por Lina Bardi.
Aulas de esquizofrenia e lobotomia:
“Eu exijo o maior dopping de todos…
Mamãe! Eu quero o dopping da Classe Média!
Será Fim, Serafim?
SONHO DA UNIÃO, SEPARAÇÃO E RESSUREIÇÃO DOS CORPOS
“Abajo del Ecuador no hay pecado mi amor”
Despertar no TEATO
 Estréia  no Teatro Tereza Rachel no Rio de Janeiro, depois vem para o Teatro Ruth Escobar onde ocupa o Buraco deixado pela retirada da estrutura do Cenário de “O Balcão” de Jean Genet, encenado por Victor Garcia. Depois vai para o Teatro Oficina, onde é tirado de cena, pela Greve de 40 censores que protestavam contra a Policia Federal que insistia em manter em cartaz a peça para estudar o que chamavam de “ hipnotismo, aprendido da revolução chinesa pelos atores do Oficina” Tal como foi revelado no Documento publicado pelo Exército nos Jornais do Brasil em matéria denominada “COMO ELES AGEM”

O CASAMENTO DO PEQUENO BURGUÊS do jovem Brecht é encenado pelo jovem Luís Antônio Corrêa e com seu grupo: PÃO E CIRCO
Começa ao mesmo tempo a  REVOLISOM:
Assembléia Permamente de Rock com roqueiros de SamPã, em protesto a retirada de cartaz de Gracias Señor. As Coristas do Inferno, do Pão e Circo, precursoras das Frenéticas, criam nessas sessões “ A Casa de Transas,” vendendo seus “docinhos demais” e suas comidinhas naturais. A Estrela é Henricão o URUBU ROXO

AS TRÊS IRMÃS DE TCHECOV
Encenada com mescalina e em mandalas descobridoras do Teatro Sagrado, onde começa a feitiçaria para derrubar o Beco  Sem Saída de 50 anos do Oficina. O Grupo descobre-se um Cordão de amizades amorosas douradas .
 “Em torno do Carvalho, tem um Cordão de ouro”

1973 – REVEILLON.
Ao som das doze badaladas do sino da meia-noite,
na passagem de 1972 para 1973,
inicia o rito da ruptura do Cordão de Ouro do 1° Oficina.
“Não aguento mais…não posso mais, não quero dizer mais nada…(com irritação)
Ou então, tanto pior…que importância tem tudo isso?”
Os protagonistas rompem com o Coro.
A Companhia de separa.
“Não se saberá mais se éramos muitos,
mas para aqueles que viverão depois de nós,
nosso sofrimento vai se transformar em alegria…”
Zé Celso fica com todos os cabelos brancos em 24 horas.
A Cia Teatro Oficina vira Oficina Samba!

1974 – 21 de abril, dia de Tiradentes: Polícia invade o Teat(r)o Oficina, atirando pra baixo e pra cima. O Jornal Nacional fala: “O Oficina resiste a Polícia a bala.”  José Celso M. Corrêa é preso e torturado, junto com o cineasta Celso Lucas. Glauber Rocha falsifica telegrama exigindo a soltura do grupo e “assinado” por  Marlon Brando, Sartre, Marcuse, Levy Strauss, Orson Wells, Fellini, Sophia Loren, John Lennon, , Elizabeth Taylor, Jane Fonda, Beckett, Borges e Garcia Marquez. Os Militares caem no golpe e os libera, com liberdade vigiada. Sem condições  de trabalho no Brasil dominado pelo Terror, o Oficina Samba, exila-se  em Portugal saindo clandestinamebnte do Brasil e levando consigo seu Discurso do Movimento: O seu Arquivo, O Rei da Vela, contrabandeados pelo consulado francês por Maria Alice Vergueiro

1975/78 – GALILEU GALILEI  / O DISCURSO DO MOVIMENTO / CARNAVAL DO POVO NA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS E DESCOLONIZAÇÃO DAS COLONIAS PORTUGUESAS AFRICANAS
 Criação coletiva para ruas, fábricas, casernas, fazendas e festas populares.
Em Portugal o grupo ocupa um Palácio da extinta Polícia Política da Ditadura Salazarista, conquista, ex-centro de tortura, que a  Comunidade Oficina Samba  transmuta numa Comunidade Internacional com gente da Europa, África, Estados Unidos e Brasil – faz de lá seu centro de gostosura.
O PARTO, documentário sobre a Revolução dos Cravos, realizada por José Celso M. Corrêa e Celso Lucas para TV Livre de Portugal
Publicação do jornal OFICINA SAMBA
VINTE E CINCO, ou “25 “, longa-metragem sobre a Revolução de Moçambique. prod.: Instituto Nacional de Cinema de Moçambique e Oficina Samba, real.: José Celso M. Corrêa e Celso Lucas. Première em 1977 em Maputo ; exibido pela primeira vez no Brasil durante 1ª Mostra Internacional de Cinema do Museu de Arte de São Paulo, outubro, 1977, onde recebe o Premio de melhor Filme pelo Publico .

“A Revolução
 Faz  quem trabalha com as próprias mãos
 É debaixo pra cima
 É de dentro pra fora
 Criar criar Phoder popular
 Criar criar Phoder popular”

1979 – REABERTURA do Teatro Oficina em São Paulo, no dia 21 de abril, com apresentação dos filmes VINTE E CINCO e O PARTO.  E Ensaio Geral do CARNAVAL DO POVO – Cena do Coro de Galileu Galilei.
O Grupo Oficina Samba passa a chamar-se 5° Tempo, e recusa o seu ex-público de jovens pequenos burgueses que dessuicidaram-se como classe, encaretaram –se, e abre suas portas para os nordestinos de São  Paulo e o Movimento Negro. Chegam Edgard Ferreira, parceiro de Jackson do Pandeiro, Sandy Celeste sua mulher e cantora de seu repertório, uma Diva Cangaceira, e Feliciano da Paixão, O Surubim: Picasso Popular artista Multi-Mídia, Pintor, Cirandeiro. Criam o FORRÓ DO AVANÇO .
É Criada a re-engenharia do Oficina que transmuta-se em Oficina Uzyna Uzona, criada pela Poeta Catherine Hirsh, em consonância com o Forró do Avanço que constitue o grupo SERTÕES,
 Jovens vindos do Brasil todo Criam o Grupo BACANTES, Grupo de  KINOVIDEO ARTISTAS denomidado  “ O Homem e o Cavalo’e NUCLEO DA MEMORIA DO OFICINA, inpirando-se em Rimbaud : criando os 5 movimentos A, É , Í , U e neste ano, em criação o O.
 Cria o Arquivo Oficina 20 anos liderdo por Ana Helena Du Staal e Gil du Staal

1980 – DOMINGO DE FESTA, espetáculo musical ao ar livre, em São Paulo, para vinte mil pessoas, com entre outros Gilberto Gil, Emilinha, Marlene, Caetano Veloso, Osvaldo Montenegro, Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Miucha, Célia Helena, Gonzaguinha, Zezé Mota.
Publicação do livro CINEMAÇÃO, sobre as experiencias cinematográficas do Oficina em Portugal e em Moçambique

1981 – TV UZYNA UZONA.
Diversos trabalhos de video, realizados por Tadeu Jungle, Walter Blackberry, Noilton Nunes e Edson Elito: Rito televisivo de passagem; Banco Nacional; Luta Telefônica; Sete de Setembro Show; Forró do Avanço; Cultura, Poder e Crise; A Carta Testamento de Gláuber Rocha; Julgamento dos Sindicalistas : Lula no Supremo Tribunal Militar; No ABC; Estúdios da Vera Cruz

1982 – Cantine-cabaret de Zuria : encontros, almoços, videos
O REI DA VELA (filme)  proibido pela Censura no Brasil; é apresentado em Paris, na Cinémathèque e é finalmente liberado em novembro.
OS MISTÉRIOS GOZOZOS de Osvald de Andrade,
RETORNO DE ZE CELSO E DO OFICINA AO TEAT(R)O  encenado com  concentração em  Orgya, primeiramente na USP, na EAD  nos dias de Todos os Santos e Finados de 1982.
O Teatro Oficina é tombado pelo Patrimônio Cultural do Governo do Estado de São Paulo numa Grande Festa com todos os movimentos simultaneamente criando pelo espaço todo transformado em Terreiro Eletronico , com camera   do  Primeiro Festival de Video Brasil, com o Video “Caderneta de Campo.” E monitores cedidos pela SHARP,espalhados por todo espaço. Misterios Gozozos de Oswald é encenado num aquário na “ Sala Branca’ e transmitido pra todo o espaço.
O Tombamento, aconselhado pelo próprio autor do Teatro onde foi estreado o Rei da Vela,  era revolucionário, pois recomendava a demolição do interior do prédio para dar passagem ao Projeto de Lina Bardi, almejado pelo grupo que abandonava de vez o Palco Italiano. Até hoje os conservadores do Condephat, Iphan , não aceitam a existência deste tombamento de um Teatro ameaçado pela especulação Imobiliaria e que teve seu movimento de expanção de linha de trabalho Tombado. Azis Ab Saber grande Sabio Geografo Brasileiro, Flavio Imperio, o Pianista João Carlos Martis foram os criadores deste novo Conceito de Tombamento não  levado em Consideração até hoje pelo conservadores que não admitem a existência do atual Teatro Oficina Terreiro Eletrônico Premiado pela Bienal de Praga e Obra Prima, Canto do Cisne de Lina Bardi , que morreu antes de ver pronto o Teatro. É um ESCANDALO NÃO ACEITAR ESTE 3º TEATRO OFICINA QUE ESTE ANO FEZ 15 ANOS  DE GRANDES SUCESSOS.
Ciclo de leituras dramáticas : OS SERTÕES, O HOMEM E O CAVALO e AS BACANTES.

1983 – CADERNETA DE CAMPO, video, real.: José Celso M. Correa, Edson Elito, Catherine Hirsch e Noilton Nunes.

1984 – ACORDS, adaptação das peças didáticas de Brecht, criação coletiva
Desapropriação pelo Governo Montouro  para integrar o domínio público e tornar-se um espaço inteiramente consagrado à ação cultural sob a direção do Oficina Uzyna Uzona . Um projeto arquitetural é encaminhado sob a direção de Lina Bo Bardi e Edson Elito.

O REI DA VELA (filme) no Festival de Cinema de Berlim

1985 – Leituras Tragycomicorgyásticas dirigidas por Zé Celso:
RODA VIVA, de Chico Buarque de Hollanda,
O HOMEM E O CAVALO, de Oswald de Andrade, ACORDS de Brecht e Hindemith, O REI DA VELA, de Oswald de Andrade

1987 – BACANTES, ensaio dos coros e composição das partituras dos 25 cantos, composição musical e direção José Celso M. Corrêa e dir. ritual: Catherine Hirsch, Marcelo Drummond e Denise Assumção
Assasinato de Luis Antonio Martinez Corrêa, que da origem no Rio ao Movimento LUIS NA CIDADE – sendo o primeiro crime Homofóbico por uma quadrilha que é exposto publicamente, Escancarada e TEATRALMENTE.
PARA ABRIR AS GAVETAS, ciclo de conferencias e exposições sobre a história do Oficina, por Ana Helena de Staal e Dulce Maia para UNICAMP.
Transferência dos arquivos do grupo para o Arquivo Edgar Leunroth da UNICAMP

1988 – 1° ANIVERSÁRIO DA ETHERNIDADE de LU(I)S, homenagem à Luis Antonio M. Corrêa: ato pantéico com catholicos, budistas, candomblistas, etc ; video: Edson Elito, Luis Ferro, Marcelo Drummond e Celso Lucas

1989 – OS SERTÕES, de Euclides da Cunha, oficina dirigida por José Celso M. Corrêa, MURO DE BERLIM – PORTA DA ESPERANÇA, comemorando o centenário da República. Dir: Zé Celso e Marcelo Drummond.

1990 – BANQUETE OFF-CIOSO, homenagem ao centenário de Oswald de Andrade
“A ansiedade paira sobre o mundo em transformação
 O pensamento ávido de totalidade
 As Soluções. Paradigmas. O ser é comunal e devorativo.
 Mundo antropofágico da energia e radiação
O Humor. A Vertigem. AAAAAAAAAAAAAAAAA
Vertigem”

1991 – CACILDA!!!! / AS BOAS
Leitura dramática das 27 horas de Cacilda!!!! dirigida pelo autor José Celso M. Corrêa
“Canaã feminina na umidade abre,
  desabrocha,
 molha,
 olha,
 vê,
 Oh Cú!”

1992 – AS BOAS
A Boa Madame, Raul Cortez, é a avalista, pro Oficina retornar à prática teatral explícita, em turnê pelo Brasil.
Oficinas sobre CACILDA!!!!, ACORDS e BACANTES, em diversas cidades do Brasil
“Madame é Boa,
 Madame é Perfumada,
 Madame é Sensacional!”

1993 – HAM-LET
“ Tupy or not Tupy. That’s the question.”
Em 3 de Outubro
Nasce quando ninguém mais espera
O Cogumelo gerado na Subterrânia
Reinaugura-se outra Era
Nasce Faraônico
O Teat(r)OficinaUzynaUzona
Terreiro Eletrônico

1994 – HAM-LET  / MISTÉRIOS GOZOZOS
“O mar que mais parece um caramujo cor de chumbo
 Plúmbeo
 Há um grande cansaço de explicar o mar
 Há um grande cansaço de explicar
 Há um grande cansaço
 Há a mar”

 

1995 – MISTÉRIOS GOZOZOS
“Senhor!
 Não fizemos nem pra bóia
 Tende piedade das muié da vida
 Se alembre que voismicê
 Foi michê, da nossa colega Madalena
 O Pau nosso de cada noite
 Nos dai hoje”

1996/97 – BACANTES / PRA DAR UM FIM NO JUÍZO DE DEUS
“Lábios molhados/ silêncio/ Cio sagrado/ Vamos Cantar os      Hinos/ Dos Ritos de Baco/ Oh Bem-aventurado/ Oh Feliz/
 Quem/ por uma sorte do destino/ se inicia/ nos mistérios divinos/ A vida vira santa/ A alma vira corpo/ bacando nos morros”
Em 23 de Dezembro de 1997, celebrando 10 anos da Ethernidade de Lu(i)s, surge o embrião de uma nova Cia na montagem de TANIKO – O RITO DO VALE

1998 – CACILDA!
“E o que é Ethernidade?
  É alguma coisa que vem
  Quando a vida, a morte, o tempo,
  E tudo mais vai-se embora.
  E o que fica?
  Nada
  Esse instante aqui.
  Esse etherno presente”

1999 –
CACILDA!, continuação de temporada
CACILDA!! – Ritos conferências
CACILDA!!! reinauguração do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia
BOCA DE OURO

2000 – Iniciam-se as oficinas de OS SERTÕES, de Euclides da Cunha. O livro é lido em coro, por duzentas pessoas aproximadamente, em voz alta, durante três meses. Cada palavra é encenada, inclusive as virgules.

2001 – Continuam as oficinas de OS SERTÕES. A Cia se aproxima dos sertanejos, do Movimento dos Sem Teto, que ocupam o prédio abandonado, no terreno ao lado do teatro, agora adquirido pela especulação imobiliária. As crianças da ocupação passam a frequentar as oficinas, resultando no embrião do Movimento Bixigão.
São filmadas as peças HAM-LET / BACANTES / CACILDA/ BOCA DE OURO

2002 – OS SERTÕES.  A TERRA.
 Estréia A TERRA, a primeira parte da Saga de Canudos. As   crianças, que estreiam como atuadores nesta peça, formam, sob a  liderança de alguns Corifeus da Cia, o Bixigão, que oferece a  esses jovens oficinas visando a sua evolução.
“E o sertão é um vale fértil
 Um paraíso
 Um pomar vastíssimo
 Sem dono
 Território Livre”

2003 – OS SERTÕES. O HOMEM.
 Estréia em Agosto O HOMEM I – DO PRÉ-HOMEM À  REVOLTA.
“Não temos unidade de raça
 Não teremos talvez
 Nunca.”
 Estréia em 13 de Dezembro O HOMEM II – DA REVOLTA Ao TRANS-HOMEM
“Canudos é o Cosmos
 Breve ponto de passagem
 Escala Inicial da Viagem.”

2004 – OS SERTÕES. A TERRA. O HOMEM
 A Cia encena em Reckilinghausen, na Alemanha, as duas primeiras partes da Saga de Canudos, dividida em três peças: A Terra, O Homem I e O Homem II. Para tanto, foi reproduzida a estrutura do Teatro Oficina, numa antiga fábrica de armas, cujo mesmo fabricante abasteceu o Exército Republicano do Brasil com canhões e outras armas na guerra contra a Insurreição de Canudos.
 
2005 – OS SERTÕES. A LUTA 1.
 Estréia a temporada, de 26 de Abril a 19 de junho, ao mesmo tempo em que luta pela Construção do TEATRO DE ESTÁDIO, da UNIVERSIDADE DE CULTURA POPULAR BRAZYLEIRA DE MESTIÇAGEM, NO SEU ENTORNO TOMBADO que quer CERCADO DE UMA OFICINA UZINA DE FLORESTAS.
BOCA DE OURO, é encenada no festival de Teatro Tchecov (Teatro Puskin), em Moscou, Rússia.
Em agosto, ciclo com apresentações simultâneas das quatro peças: A TERRA, O HOMEM 1, O HOMEM 2 e A LUTA 1.
Em setembro temporada de OS SERTÕES, em Berlim, Alemanha, Teatro Volksbuhne.
No fim de dezembro, realização do EIA-ENCONTRO INTERNACIONAL DE ANTROPOFAGIA.

2006 – OS SERTÕES. A LUTA 2 -O DESMASSACRE.
Estréia em 19 de maio a última peça da pentalogia OS SERTÕES.
Em junho leitura encenada de O REI DA VELA, no Teatro Volksbuhne, Berlim, com atores da Cia. e do próprio teatro, em alemão.
Em agosto, retorno da Temporada de OS SERTÕES, com a obra completa em apresentações de Maratonas, encenação das cinco partes da obra, de quarta a domingo, até dia 23 de dezembro.

2007 – OS SERTÕES – OBRA COMPLETA
Retorno em Janeiro de temporada de OS SERTÕES, para filmagem do Longa mais Longo da história.
Dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo -Lançamento da Proclamação do ANHANGABAÚ DA FELIZCIDADE, dando início ao MANIFESTO MERDA, com a reunião dos movimentos de artes vivas de São Paulo para luta pela construção do Teatro de Estádio, da Universidade Popular Antropofágica e Oficina de Florestas.
Em Junho a Cia encena OS BANDIDOS, de Fredrich Schiller, a convite do Schillertage Festival, em Mannheim, na Alemanha.
Em Setembro inicia a Turnê OS SERTÕES pelo Brasil, começando pelo MAR: Salvador, Recife e Rio de Janeiro, e terminando no SERTÃO: Quixeramobim (cidade no sertão cearense, onde nasceu Antônio Conselheiro) e Canudos (Terra Ignota do sertão baiano. Ponto Tabu).
O Bixigão vira Ponto de Cultura, ganha sua sede e passa a ser chamar Movimento Bixigão.
Em 23 de Dezembro de 2007, celebrando 20 anos da Ethernidade de Lu(i)s, a Cia monta com o Bixigão, a primeira peça de autoria de Lu(i)s: CYPRIANO & CHAN-TA-LAN.

2008 – ANO DO CINQUENTENÁRIO. JUBILEU DE OURO.
A celebração começa com encenação de VENTO FORTE PARA UM PAPAGAIO SUBIR, primeiro texto de autoria de José Celso M. Corrêa, dirigida pelo autor 50 anos após sua criação, em 1958.
Inauguração da ÁGORA DO BIXIGA, embaixo do Minhocão, em frente ao Teatro Oficina.
Entra em cartaz TANIKO – O RITO DO MAR, última peça trabalhada por Lu(i)s Antônio.
Entra em cartaz CYPRIANO & CHAN-TA-LAN, a primeira peça de autoria de Lu(i)s Antônio.
Em Maio, realiza o BORI ANTROPÓFAGO, celebrando os 80 anos do Manifesto Antropofágico.
Em Setembro estréia OS BANDIDOS
No dia 28 de Outubro, ANIVERSÁRIO DE 50 ANOS DO TEATRO OFICINA, celebra com Rito no Teatro Oficina, LABRYNCO, fazendo uma colagem das peças que constroem o Cinquentenário do Oficina com os acontecimentos que permearam a história desta Companhia e do Cosmos.