O REI DA VELA NO RIO!

TROPA DE CHOQUE CULTURAL TRAZ O REI DA VELA PRO RIO
Pássaros assoviam exoticamente nas árvores brutais…

EXTRA! EXTRA!
notícia quente na chapa quente da política nacional
TROPA DE CHOQUE CULTURAL LEVA O REI DA VELA PRO RIO!

pega fogo!

a venda dos ingressos começa na semana que vem!

Deu no JB!

por HILDEGARD ANGEL

Com vários apoios preciosos, como os de Bel Kutner, diretora da Cidade das Artes, Paula Lavigne, Fernanda Torres, Lucélia Santos, Omar Catito Peres, o professor Carlos Alberto Serpa, o Teatro Oficina traz ao Rio de Janeiro o mais emblemático espetáculo de sua carreira: O Rei da Vela. Estão programadas apenas cinco récitas. Dias 14, 15, 20, 21 e 22 de abril, na Cidade das Artes. E a possibilidade de mais uma semana. Ingressos custarão 80 reais inteira e 40, meia. E serão distribuídos ingressos gratuitos para Cidade de Deus, Rede Pública e Galpão da Maré.

Cena de O Rei da Vela: Zé Celso Martinez Corrêa, como Tia Poloca, Sylvia PRado é Heloísa de Lesbos, Camila Mota é João dos Divãs
Cena de O Rei da Vela: Zé Celso Martinez Corrêa, como Tia Poloca, Sylvia Prado é Heloísa de Lesbos, Camila Mota é João dos Divãs

Em outubro e novembro passados, na temporada paulista do Sesc Pinheiros, 1.200 lugares, todas as sessões estiveram esgotadas, com as pessoas se estapeando para assistir, num processo maravilhoso para os artistas, porque o ator Renato Borghi, protagonista na atual montagem e na de 1967, trazia a peça toda no corpo, aos 80 aos, podia fazer a peça sem esforço algum. Ele foi um monstro, contracenando com elenco muito mais jovem. E Zé Celso Martinez Corrêa, que nunca foi ator de O Rei da Vela, fez a dona Poloca, papel que vai dividir com Vera Barreto Leite na temporada carioca. Em São Paulo, ainda, Borghi passou seu papel para Marcelo Drummond, que é tipo assim um astro do Oficina, desde a retomada do grupo há 30 anos. Ele só faz os protagonistas. Fez Hamlet, Boca de Ouro, o Euclydes da Cunha, o Oswald de Andrade.

E como são esses apoios ao Rei da Vela? Bel Kutner é quase cria do Oficina, já que sua mãe, Dina Sfat, sucedeu à Ittala Nandi, como Heloisa de Lesbos, na montagem original. Foi Lucélia Santos quem pediu a Catito Peres que a Fiorentina fornecesse a alimentação ao elenco, almoço e jantar, o que será feito. Fernanda Torres acionou Paula Lavigne, e elas iniciarão uma mobilização por recursos financeiros para o grupo, como para a mostra Queermuseu. E o professor Carlos Alberto Serpa, através da Fundação Cesgranrio, vai produzir os programas do espetáculo. São as personalidades responsáveis, da vida cultural carioca, que se mobilizam para viabilizar um projeto à altura da tradição teatral da Cidade do Rio de Janeiro.

IMAGEM: MAKUMBA GRÁPHYCA DEVORAÇÃO DE HELIO EICHBAUER Y ZEPELIM | CAFIRA ZOÉ

FOTOGRAFIAS: JENNIFER GLASS