Criado coletivamente há 6 décadas, por quase 2000 artistas, a companhia completou 60 anos em 2018. A travessia do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, grávido da primavera de 2018 pra 2019, sincrônica à ascensão do néo-empre$ariali$mo totalitário no estado democrático brasileiro, aposta na paixão popular que sagrou as encenações de RV2: RODA VIVA, de Chico Buarque em 1968 e na de RV1: O REI DA VELA, de Oswald de Andrade, de 1967, reconsagrada em 2017 e 2018. Em nossas bodas de diamante, ao público destas peças, vai nossa aposta:RODA VIVA, com 2 meses de ensaios patrocinados pelo Itaú Cultural, estreia no Teatro do SESC Pompéia de Lina Bo Bardi, onde faz 4 sessões – 06, 07, 08 e 09 de dezembro.Na semana seguinte, O REI DA VELA, produzido pelo SESC Pinheiros em 2017, encerra a temporada 2018 do Auditório Ibirapuera, Teatro de Niemeyer e Tomie Ohtake, com 3 sessões – 14, 15 e 16 de dezembro, patrocinadas pelo Itaú Cultural.E logo depois, no dia 23 de dezembro, às 14h30, nos 31 anos da Ethernidade de Luís Antônio Martinez Correa, RODA VIVA estreia no Teat(r)o Oficina e fica em cartaz até 10 de fevereiro, de sexta a domingo com espetáculos em dias especiais como o Natal, virada de ano e aniversário de Sampã.O REI DA VELA, peça escrita em 1933, na ascensão do fascismo, do nazismo y do stalinismo, publicada em 1937, ano de declaração da 2ª guerra mundial, encenada pela 1ª vez em 1967, num movimento de artistas que não haviam se encontrado antes, mas que criaram o movimento descolonizador da tropicália antropófaga, anunciou a terra em transe em 1968, ano em que fez nascer o coro de teatro que o movimento ainda não tinha: o coro de RODA VIVA.Chico Buarque de Holanda escreveu RODA VIVA depois de assistir O REI DA VELA. O espetáculo de 1967, que revolucionou a encenação teatral no país, é considerado pela crítica como a primeira encenação essencialmente brasileira pois acrescentou em sua montagem elementos anti literários da cultura nacional: circo, revista, literatura surreal, carnaval, a chanchada, a anarquia, o deboche. Lendo RODA VIVA, compreende-se a peça como uma resposta, ou uma proposta alternativa de continuidade para a peça de Oswald de Andrade encenada por José Celso, que foi quem o jovem Chico Buarque, com 24 anos, convidou para encenar seu primeiro texto teatral, juntamente com o cenógrafo e figurinista Flávio Império. E foi no final de 1967 e início de 68 que o coro de RODA VIVA transformou radicalmente o Teat(r)o Oficina. A multidão que tomou o espaço do protagonismo era uma geração que trazia em si todas as revoluções.Inaugurou-se ali a linguagem coral no teatro brasileiro, um retorno aos ritos, aos dityrambos gregos, à pré-lógica indígena, a descolonizar e radicalizar o fazer teatral em plena ditadura militar no Brasil, em pleno nascimento da Tropicália, movimento cultural antropófago. Se em 68 o coro de RODA VIVA quebrou a quarta parede entre palco e plateia, misturou e modificou o moderno teatro brasileiro, e consequentemente o teatro contemporâneo, hoje, 50 anos depois, a bola do coro de 68 foi recebida pelo coro de 2018, com a direção de quebrar todas as paredes, em escala urbana. A religação do povo com a Cultura e da Cultura com o povo.
“Stamos inspirados pra contracenar com estes tempos.
Anarcos coroados, bárbaros tecnizados contracenado com a democracia da oposição y o estranho estado frankstein sendo fabricado pela situação, além do além, isto é, aqui agora. Vivemos a emoção de criar teatro pra todos humanos. A luta da arte ao vivo q é o teatro, é a mesma de todxs q querem viver a vida ao vivo; em liberdade; sem a captura pela máquina de matrix implantada pelo modus vivendi do capitali$mo robótico; sem perestroika empresalista.”
Zé Celso
SERVIÇOS |RODA VIVADE CHICO BUARQUE Dias: 6 a 9/12/2018Horário: Quinta a sábado, 20h. Domingo, 18hIngressos:R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 15 (credencial plena do Sesc: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).Local: SESC POMPEIA – Rua Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo, SP Duração: 3H30 (com intervalo de 15 minutos)Indicação etária: 14 anos+ INFOS: bit.ly/rodavivaPompeiaSERVIÇOS |O REI DA VELADE OSWALD DE ANDRADEDias: 13 a 15/12/2018Horário:20HIngressos:R$ 30 inteira R$ 15 meia (estudantes, aposentados, professores e artistas).Local: AUDITÓRIO IBIRAPUERA – Av. Pedro Álvares Cabral – Parque Ibirapuera, São Paulo – SPDuração: 3H45 (com dois intervalos de 15 minutos)Indicação etária: 14 anosCOMPRE: bit.ly/ReidaVelanoIbiraSERVIÇOS |RODA VIVA – TEMPORADA NO TEATRO OFICINADE CHICO BUARQUE De 23/12/2018 a 10/02/2019Sexta a domingoHorários: Sexta e sábado, 20h. Domingo, 19hSESSÕES ESPECIAIS:23/12 – DIA DE LUIZ. Domingo, 14h30.25/12 – NATAL. Terça-feira, 20h.31/12 – ANO NOVO. Segunda-feira, 20h.Ingressos:R$ 60 inteira R$ 30 meia (estudantes, aposentados, professores e artistas)R$ 25 moradores do Bixiga (necessário comprovante de residência)R$5 (estudantes secundaristas de escola pública, imigrantes, refugiados, moradores de movimentos sociais de luta por moradia) – limitados à 10% da lotação diáriaLocal: TEATRO OFICINA UZYNA UZONA- Rua Jaceguai, 520 – Bixiga, São Paulo, SP Duração: 3H30 (com intervalo de 15 minutos)Indicação etária: 14 anosCOMPRE: bit.ly/rodavivanoOficina
RODA VIVA 2018 | FICHA TÉCNICA
Texto: Chico Buarque
Versão 2018: Zé Celso
e Coro Teatro Oficina 2018
Diretor: Zé Celso
Conselheira Poeta: Catherine Hirsch
Benedito Silva: Roderick Himeros
Juliana: Camila Mota
Anjo: Guilherme Calzavara
Capeta: Joana Medeiros
Mané: Marcelo Drummond
O Coro: Cafira Zoé
Carol Castanho
Clarisse Johansson
Cyro Morais
Danielle Rosa
Fernanda Taddei
Isabela Mariotto
Kael Studart
Kelly Campello
Lucas Andrade
Marcella Maia
Marcelo Dalourzi
Mayara Baptista
Nash Laila
Nolram Rocha
Sylvia Prado
Tony Reis
Tulio Starling
Viviane Clara
Zé Ed
Participação Especial: Vera Barreto Leite como Miss Veneno
Diretor Musical: Felipe Botelho
Violoncelo: Amanda Ferraresi
Bateria: André Santana
Percussão: Carina Iglecias
Baixo: Felipe Botelho
Piano: Giuliano Ferrari
Percussão: Ito Alves
Guitarra: Moita Mattos
Preparação vocal: Beth AminPreparação rítmica: Ito Alves
Sonoplasta: Gustavo Lemos
Coreógrafo: Ibrahima Sarr
Preparação dos corpos Seneafrica e Höröyá:
Ibrahima Sarr, André Ricardo, Birima Mbaye, Moustapha Dieng e Aziz Mbaye
Tradutor: Mamadou Sarr
Desenho de Luz: Guilherme Bonfanti
Diretor de Cena: Otto Barros
Assistente da Direção de Cena: Felipe Wircker
Arquitetura Cênica e Direção de Arte: Carila Matzenbacher e Marília Gallmeister
Assistente: Marcelo X
Coordenador de Cenotecnia: Alício Silva
Equipe De Cenotecnia: Cleiton Willy, Reginaldo Nascimento, Francolino Gomes,