[:pb]DIA 25 DE JANEIRO DE 2011, ÀS 19H, NO TEATRO JOSÉ DE ALENCAR, em Fortaleza – CE.
As Dionizíacas são patrocinadas pelo Governo do Ceará e fazem parte da comemoração do centenário do Theatro José de Alencar.
Entrada gratuita. Pede-se trazer flores para o defloramento de Cacilda Becker.
Os ingressos serão distribuídos duas horas antes do início do espetáculo.
Cacilda!! narra uma década da vida da atriz em 6 horas corridas, com dois intervalos. Exatamente a década dos vinte anos de Cacilda, que ela passa no Rio de Janeiro, vagando pelas Companhias de Teatro, na aventura do início da carreira de atriz.
A DEGLUTIÇÃO DA ATRIZ DE TODOS OS TEATROS, CACILDA BECKER
MARIA JACINTHA (lê a carta)
“Será uma das maiores atrizes do Brasil”
Há muito assim me escreve,
o profeta Miroel.
Mas te arrancar da familia,
a mim soava cruel.
Sem a garantia que se deve
temia eu como diretora do TEB.
Paschoal levantou a mocidade para o Teatro
no tempo da sua Direção.
Cabe a mim escolher agora, os que nasceram
realmente com esta vocação.
Você ouviu suas vozes?
CACILDA (tímida)
Não.
Eu quero agora que ouçam,
todas elas.
Segunda parte da maxi-série teatral sobre a vida-obra da grande atriz Cacilda Becker. Estreou no Rio de Janeiro em setembro de 2009 e é a criação mais recente da Companhia. Traz na sua dramaturgia a ascenção de Cacilda no teatro dos anos 40 entre os grandes artistas da época, Grande Othelo, Ziembinski, Maria Jacinta, Raul Roulien, Jorge Amado, precursores de um teatro, música, maneira de filmar, de ver e sentir que juntou o apolíneo e o dionisíaco mas mantinha o teatro ainda nos bastidores, nas bambolinas e cortinas pretas. A criação do Oficina traz tudo isso para a pista e abre a vida-obra de artista no Teatro de Estádio.
Em Cacilda!! a atriz vive no Rio vagando sem destino certo pelo Teatro Brazyleiro. Circula pelo Copacabana Palace e Cassino da Urca, bem como em Companhias Teatrais da década de 40 e no cinema brasileiro em sua primeira fase de ouro com Raul Roulien e Grande Othelo. Cacilda continua raptada pelo Deus da Morte, e os mortais do Teatro Oficina e seu público vão novamente ali, no centro das paixões e do tormento, plantar e cultivar, em um novo ciclo para trazer de novo fertilidade à terra.
Dessa vez no país das maravilhas da Copacabana dos anos 40, com o glamour dos cassinos e os frenesis das estréias da vida toda, das primeiras rosas. Contracenando com Ziembinski, Grande Othelo, Johnny Drake, Paschoal Carlo Magno, Raul Roulien, Bibi Ferreira, Maria Della Costa, Sérgio Cardoso e muitas outras grandes personagens dos anos 40 no Brasil. A pista, cheia de gente, sonhos, músicas e muita esperteza artística na apresentação de ESTRELA BRAZYLEIRA A VAGAR –CACILDA!!, segunda parte da maxi-série teatral de 4 capítulos, escrita e dirigida por José Celso Martinez Correa e Marcelo Drummond.
CACILDA!!, ou Cacilda 2 – são duas as exclamações, dois suspiros dos quatro que compõem a maxisérie – o novo espetáculo da Cia Teatro Oficina Uzyna Uzona faz curtíssima temporada de estréia no Rio de Janeiro, a partir de 5 de setembro de 2009, no Teatro Tom Jobim, dentro do Jardim Botânico e, em outubro, entra em cartaz no Teatro Oficina, na sede da companhia em São Paulo.
Cacilda Becker é o fio de Ariadne que traz para a cena a história do teatro, música e cinema de uma década de guerra, glamour e da criação do Teatro Brasileiro Moderno. Ao rever a primeira fase da atriz, entre 1940 e 1947, encontramos uma Cacilda que revela-se uma escritora extraordinária, uma filósofa precoce do Teatro.
Esse passeio pela década de 40 em Cacilda!! é cantado pelo Uzyna Uzona em múltiplas camadas da realidade braisleira e da atriz. Assim a vida de Cacilda Becker e suas atuações no teatro e no cinema misturam-se. Ela casa-se em Aparecida do Norte, ao mesmo tempo em que encena Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues e vive seus quiproquós pessoas na cena de Sururu em Sociedade.
Sua entrada nos palcos é a da jovem recém chegada na Capital do Brasil, vinda de Santos, onde era bailarina precoce, aos dezoito anos. Cacilda começa no TEB Teatro do Estudante do Brasil, fundado por Pascoal Carlos Magno, que encenava Shakespeare. Quando ela chega, oTEB está iniciando nova direção, de Maria Jacinta, que optou por montar textos modernos com os jovens atores. Cacilda estréia na peça 3200m de Altitude de Julien Luchaire, e seus colegas de TEB são Sonia Oiticica e Maria Clara Machado, entre outros.
Depois dessa experiência é indicada pra trabalhar com Dulcina de Moraes, mas recusa, e vai para a Cia de Raul Roulien, o galã brasileiro de Flying Down to Rio, filme de Hollywood com Fred Astaire e Gigers Rogers. Cacilda está encantada pela liberdade da capital carioca, pelos palcos, o Cassino Copacabana, o Cassino da Urca. É década de 40 e a entrada da cultura norte americana no país em plena época da política de boa vizinhança. Bandas e mais bandas chegam ao país, Disney lança Alô Amigos imortalizando o encontro animado de Zé Carioca e Pato Donald. Getúlio Vargas assina um decreto e cria a CIDADE CINEMA, 1º plano de implantação de uma indústria do Cinema Brasileiro.
Além dos americanos muitos artistas europeus chegam ao Brasil fugindo da Segunda Guerra. E Cacilda contracena com tudo isso. É a protagonista deste espetáculo: filma ao lado de Grande Othelo, é dirigida por Ziembinski, por Willy Keller, tem uma experiência na Cia de Bibi Ferreira, trabalha no Rádio com Jean Sablon. Se encanta e desencanta com seu trabalho, chega a desistir, mas Sérgio Cardoso a traz de volta aos palcos pra fazer Gertrudes, a mãe de Hamlet.
HISTÓRICO
Estrela Brazyleira a Vagar – Cacilda!! foi produzida no segundo semestre de 2009, patrocinada pela Petrobras e estreou no Rio de Janeiro em 5 de setembro. A 1ª temporada na sede do Oficina em São Paulo foi de 3 e outubro a 15 de novembro e a peça foi realizada em mais quatro sessões entre novembro e dezembro dentro da programação das Dionisíacas 2009. A peça faz parte do programa das Dionisíacas 2010, patrocinadas pelo Ministério da Cultura. A ficha técnica dessa grande experiência de Teatro Total pode ser lida aqui.
FICHA TÉCNICA DA CRIAÇÃO 1ª DE CACILDA!!
Os figurinistas Olintho Malaquias e Sônia Ushiyama trazem o charme dos anos 40 e misturam personagens míticos, humanos e semianimais. A costureira chefe é Leci de Andrade.
O Espaço Cênico criado pelas Arquitetas Cris Cortílio, diretora de arte e Carila Matzenbacher, diretora assistente e produtora de arte, são os bastidores do Teatro Mundi pois nele entram desde os estúdios da Atlântida, a Roda dos Cassinos do Rio, o Pão de Açúcar, o Porto de Santos, as neves de Mayerling, os Morros do Rio, a Avenida Rio Branco, o Barco dos Comediantes, etc. A criação e execução dos objetos cênicos é de Ricardo Costa e da assistente Adriana Michalski.
O vídeo traz a crescente penetração da era digital no Teatro e nos seus bastidores atuais e históricos cenografando, ativando, trazendo a presença do público para atuar. O grupo é composto por Cassandra Mello, Jair Molina, Renato Banti, Joana Camargo e Joaquim Castro.
Na Direção de Cena emerge o talento de Rafael Ghirardelo e na contra-regragem Aguinaldo Rocha.
Nos camarins Cida Melo, já de nossa Primeira Guarda. A iniciante “primo canto” Inara Gomide é a camareira de Cacilda e Teresinha Oliveira cuida dos figurinos.
Marcelo Drummond cria a Luz com Ricardo Morañez, operada por Karine Spuri.
O músico cyber Rodrigo Gava cria e opera a sonoplastia complexa, invocando as vozes dos artista dos anos 40, criando ambiência da instalação Teatro Bastidor, dos anos 40 – 2009, e a trilha do desenrolar da peça com Ramon Monteiro que também faz a operação de microfones.
Na assessoria de comunicação, pesquisa e produção executiva de cena o Chefe de Gabinete Valério Peguini.
No projeto gráfico Mariano Mattos Martins. No site e edição do programa Tommy Pietra.
Na direção de produção e assessoria de imprensa o talento de Ana Rúbia de Melo, uma das generais mais importantes da Expedição de Os Sertões a Canudos, comanda mais este desafio: “Os Cacildões”, com direção executiva de Camila Mota e Bia Fonseca e assistência na produção de cena de Mariana Oliveira.
Na organização do acervo Thaís Sandri.
Na produção internacional Felipe Matsuo.
Administração de Simone Rodrigues e Aury Porto e assistência administrativa de Vanessa Tomaz e Anderson Puchetti.

DRAMATIS PERSONAE
Maria Jacintha e Dulcina de Moraes
por Naomy Schölling
Cantriz soprano, entrou para o cordão de ouro em 2005, para o último episódio de Os Sertões – A Luta 2
Esther Leão e Laura Suarez
por Letícia Coura
Atriz Cantora, Letícia entrou para o cordão de ouro em Bacantes encenada na virada do milênio, de 1999 para 2000. Desde então atua nas montagens e é Coriféia da Voz do Tyaso Musical Brazyleiro do Oficina. Em Cacilda!! é também a Suicida de La Gioconda
Eddy Duchin
por Rodrigo Jubelini
Entrou no cordão de ouro dos namoros no Teatro para ser Orfeu no Banquete de Platão, Bori oferecido a Eros desde São João de 2009 em Sampã, Rio e Guarulhos
Zé Carioca
por Guilherme Calzavara
Baterista, Trumpetista, Ator, no cordão desde 2004 em A Luta 1, de Os Sertões. Em Cacilda!! é também Edgard Brasil, fotógrafo da Atlântida Cinematogáfica
Raul Roulien
por Marcelo Drummond
O galã de Holywood é intepretado pelo ator, diretor e iluminador que entrou para o Oficina em 1986 e criou com o grupo a Uzyna Uzona e a Associação Teat®o Oficina Uzyna Uzona. Em Cacilda!! é também Procópio Ferreira
Tio Patinhas
por Acauã Sol
Recém chegado ao cordão dourado o ator veio fazer Hefaísto no Banquete de Platão neste ano. Em Cacilda!! é também Valsírio, o Anjo-Caixa de Cacilda
Tito Fleury e Grande Othelo
por Rodolfo Dias Paes
Ator, músico, Dipa entrou para o cordão de ouro em Os Sertões, no ano de 2005 para fazer a triha sonora de A Luta 1. Na estrela Brazyleira a Vagar além do marido de Cacilda, é também Dom Pedro
Cacilda Vermelha
por Patrícia Winceski
Atriz, entrou para o cordão de ouro em Cacilda!, a primeira parte, no ano de 1998.
Zé Pi
na guitarra
Entrou para Os Bandidos no Jubileu do Oficina em 2008
Pastor Polônio
por Zé Celso
Diretor artísitico da Associação Teatro Oficina, fundou o Oficina na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1958. Em Cacilda!! atua também como maestro
Miroel da Silveira
por Lucas Weglinski
Atuador do cordão Uzyna desde 2007, entrou para produzir os DVD’s de Os Sertões e caiu na pista. Em Cacilda!! vive também o produtor Fenelon da Atlântida e Turkov, diretor, ator, judeu alemão, célebre em todo mundo por sua Companhia Internacional em Ídiche. Diretor de Terras do Sem Fim de Jorge Amado.
Bibi Ferreira
por Camila Mota
Atriz, no cordão de ouro desde 1997, fez a primeira parte da tetralogia, Cacilda!, em 1998, atuou e fez assistência de direção em Os Sertões, entre 2000 e 2007. Em Cacilda!! é também Sônia Oiticica no Teatro do Estudante do Brasil
Ito Alves
na percussão
Entrou para o cordão de ouro no ano de 2004 quando o grupo preparava as três primeiras peças de Os Sertões para o Festival do Vale do Ruhr na Alemanha. Levando o ritmo no nome e no toque viajou com a temporada de Teatro Total das cinco partes de Os Sertões pelo Brasil
Maria Della Costa e Rainha Gertrudes
por Luiza Lemmertz
Chegada ao cordão de ouro para a celebração da Deusa Interpretação em Cacilda!!, é atriz carioca da 3ª geração da realeza: neta de Lílian e filha de Júlia. Interpreta também a irmã de Cacilda, Dirce Yaconis, e Cacilda Azul.
Abdias Nascimento
por Márcio Telles
Ator, entrou para o Oficina em 2008, nos Bandidos, em que vive o Gira. Em Cacilda!! é também Vitor Febrônio, de 3200 Metros de Altitude
Grande Othelo
por Rodolfo Dipa
entrou para o Oficina em Os Sertões, na Luta I, e completou o ciclo em Canudos em 2007
colabora também no sound design do Teatro Extádio
Madame Clessi
por Vera Barreto Leite
Atriz da velha-guarda do Oficina, foi a principal modelo de Chanel nos anos 50. Nesta década do século XXI fez Os Sertões, Vento Forte para um Papagaio Subir e Os Bandidos. Em Cacilda!! encarna Cacilda Estragon, de Esperando Godot, Clara Zahanassian de A Velha Senhora; uma atriz da Companhia Raul Roulien, Rosita Berta, já caminhando para a demência, e sua tia, a crítica magnífica de Teatro e atriz de Teatro e do Cinema Nacional, Luisa Barreto Leite.
Emilinha
por Cellia Nascimento
Cantora e atriz, no Oficina desde 2006. Entrou para o cordão em A Luta 2, de Os Sertões. Em Cacilda!! canta a Bachiana nº 5 transposta para sua voz soul, aprofundando o sutil samba latente nas cordas de Villa Lobos, e trazendo a revelação da beleza dos versos da obra. Vive também Madame Bofete e Ruth de Souza
Marlene
por Adriana Capparelli
Cantora e Atriz, entrou para o cordão de ouro em Bacantes no ano de 1995. Em Cacilda!! vive também Madame Butterfly e Estragon, de Godot
Nelson Rodrigues
por Victor Steinberg
Jovem ator iniciante, entra de corpo-alma no cordão de ouro para Cacilda!!, em que faz também Getúlio Vargas
Ham-Let Sérgio Cardoso
por Ariclenes Barroso
Ator oriundo do Movimento Bexigão entrou para o cordão de ouro aos 10 anos de idade há seis anos atrás. Morador da ocupação do prédio da Caixa Econômica pelos Sem Teto, teve sua família desalojada do edifício pelo Grupo Sílvio Santos e foi morar longe do teatro, mas seu talento excepcional atravessou todos obstáculos, atuando nas 27 horas de Os Sertões, em Taniko, nô bossanova trans-zênico, Cypriano e Chantalan de Luís Antônio e Os Bandidos de Schiller. Em Cacilda!! faz Sérgio Cardoso Hamlet que vem tirar Cacilda do ostracismo, do isolamento numa fazenda em santa Rita do Passa Quatro.
Ziembinski
por Hector Othon
No cordão desde 1984 quando ouviu pela primeira vez o berrante de Brômios cantando Mystérios Gozozos e Bacantes. Em Cacilda!! é também o Cristo Redentor e Luis Carlos Prestes
Marcos Leite
no baixo
No cordão de ouro desde 2008 quando se juntou ao bando de Os Bandidos
Catherine Hirsh
Conselheira e Poeta. No cordão de ouro desde 1979 quando o Oficina voltou do exílio e ela, vinda da França, se apaixounou pelo número 520 da Rua Jaceguai. Trabalhou na reengenharia do grupo durante a criação da Uzyna Uzona[:]