De 25 de janeiro a 23 de fevereiro de 2014, o público da capital paulista poderá conferir de uma só vez as duas peças dirigidas por José Celso Martinez Corrêa e Marcelo Drummond no ano passado: aos sábados, os mais de 60 atuadores da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona darão vida a *Cacilda!!! Glória no TBC e 68 AquiAgora* (com três exclamações); aos domingos, será a vez de *Cacilda!!!! A Fábrica de Cinema & Teatro* (com quatro exclamações).
E como um presente para o aniversário de Sampã, as sessões de estreia (nos dias 25 e 26 de janeiro) serão gratuitas. No restante da temporada, o ingresso custará R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia) e R$ 5,00 (moradores do Bixiga).
Estas peças vivem através da protagonização de Cacilda Becker encorporada pelas atrizes Camila Mota, Sylvia Prado e Nash Laila, e pelo ator Marcelo Drummond, junto a um coro de protagonistas, banda ao vivo, projeções, efeitos especiais e muitos outros elementos, mixados para dar vida à história teatralizada do teatro brazileyro do hemisfério sul, devorando o teatro de todos os tempos e hemisférios do planeta. As duas montagens – independentes, mas complementares – têm direção musical de Felipe Botelho (da banda Trupe Chá de Boldo) e terão início sempre às 18h, misturando a vida e a obra da grande Atriz Brazyleira em diferentes fases de sua carreira.
*“Agora as pessoas vão começar a entender que tudo é uma peça só, dividida em várias. As peças possuem um início, meio e fim, mas no conjunto formam algo muito maior.” – Marcelo Drummond, ator e diretor.*
Aos sábados, o musical *Cacilda!!! Glória no TBC e 68 AquiAgora* (com três exclamações) faz com que a rua Lina Bardi do palco/pista do Teat(r)o Oficina vire passarela para a passagem de um grande samba enredo delírio musical que mistura a biografia de Cacilda Becker às histórias e personagens das peças que ela interpretava. No primeiro ato, os primeiros anos de sua atuação no TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, no final da década de 1940, vivendo e implantando a profissionalização do Teatro no Brasil; no segundo ato, já em 1968, Cacilda vai para as ruas lutar contra a violência e a censura que vigoravam nos anos de chumbo da ditadura militar, quando era a presidente da Comissão Estadual de Teatro. Com as forças pulsantes das ruas, então, os limites entre público e atuadores desaparecem, fazendo com que todos vivam juntos um grande momento de Te-Ato. Nessa montagem, Cacilda Becker é vivida em cena pelas atrizes Camila Mota e Sylvia Prado, em diferentes momentos de sua vida, e por Nash Laila, na encenação de Pega Fogo.
Aos domingos, será a vez do público viver *Cacilda!!!! A Fábrica de Cinema & Teatro* (com quatro exclamações), quando o TBC se profissionaliza sob a direção financeira e artística de Franco Zampari (vivido por Zé Celso) e a Cia mergulha no fino biscoito da dramaturgia dos hemisférios Norte e Sul. Cacilda Becker torna-se protagonista absoluta e reina no TBC com suas palpitações de Entusiasmo, mesclando intérprete e personagens no momento de devorar peças emblemáticas do Teatro mundial: “Nick Bar – Álcool, Brinquedos, Ambições”, de Willian Saroyan, “Arsênico e Alfazema”, comédia de Joseph Kesserling, ”Entre Quatro Paredes”, de Jean Paul Sartre, “Os Filhos de Eduardo”, de Marc Gilbert Sauvajon, “A Ronda dos Malandros”, de John Gay, “A Importância de ser Careta”, da obra de Oscar Wilde, ”Anjo de Pedra”, de Tennessee Williams, e “Paio Velho”, de Abílio Pereira de Almeida. Cacilda Becker desperta o corpo elétrico nas atrizes do Oficina, Camila Mota e Sylvia Prado, e no ator Marcello Drummond, que incorporam a Atriz nas diversas peças devoradas em cena e conduzem à “criação da Vera Cruz:http://vimeo.com/81076780, primeira Fábrica de Cinema Nacional, idealizada pelo mesmo criador do TBC: Franco Zampari.
O elenco das duas montagens inclui ainda Vera Barreto Leite, Letícia Coura, Acauã Sol, Fred Steffen, Roderick Himeros e Mariano Mattos Martins, entre mais de 60 atuadores de teatro, música, vídeo e iluminação da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. A Direção Musical é de Felipe Botelho; iluminação, de Renato Banti; arquitetura cênica, de Carila Matzenbacher e Marília Gallmeister; figurinos sob a coordenação de Sônia Ushiyama Souto (Cacilda!!!) e de Sônia Ushiyama Souto com Diogo Costa (Cacilda!!!!).
Em 1998, a Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona estreou *Cacilda!*, com uma exclamação, focado na infância e no coma da atriz. Em 2009, *Estrela Brazyleira a Vagar – Cacilda!!*, estreou no Rio de Janeiro para narrar os primeiros anos de teatro nas Companhias cariocas da menina que havia sido até então bailarina. *Cacilda!!! Glória no TBC e 68 AquiAgora*, com as três exclamações, estreou em 2013 e é dividida em dois atos separados na história por 20 anos: no primeiro, o fim da década de 40, quando a atriz foi a primeira contratada do TBC e, no segundo ato, o último ano de sua vida, quando ela foi para a rua lutar contra a censura junto às multidões que no mundo inteiro criaram o movimento de 1968. *Cacilda!!!! A Fábrica de Cinema & Teatro* estreou em dezembro de 2013 e revela a fase em que a Atriz entrega-se com sua VidaArte à indústria de transformação cultural da Fábrica de Teat®o e Cinema: o TBC e a Cia. Cinematográfica Vera Cruz.